Assinalamos uma notícia que anuncia os nomes dos novos elementos químicos da tabela periódica e indica as regras seguidas pela União Internacional de Química Pura e Aplicada para estabelecer as novas denominações.
As novas palavras aceitas pela instituição são classificadas como "epônimos". O epônimo é um nome próprio usado para designar outro nome. Em português, usamos genericamente este termo, mas eu prefiro chamar os neologismos formados a partir dos nomes próprios de "deônimos", para marcar que se trata de palavras derivadas.
Apenas outra observação, não bem esclarecida no artigo: "Nihon" não é uma simples palavra de origem japonesa (de fato, apenas isso não a caracterizaria como deônimo), mas "Nihon" é o modo mais comum de pronunciar "Japão" em língua japonesa.
Isso abre uma outra questão interessante: o fato de muitos países possuírem um nome em língua local e outro ligado ao contexto histórico. Isso ocorre, por exemplo, com a denominação da Alemanha/Deutschland, e o fato está relacionado à expansão romana na Antiguidade. No caso do Japão, trata-se de uma referência presente no livro "As Viagens", de Marco Polo. Polo teria ouvido falar dessas terras (que ele não conheceu), transliterando o nome a partir do dialeto chinês local.
Convém lembrar que alguns terminologistas, hoje, defendem o uso dos nomes próprios conforme são reconhecidos na língua original. Seguindo essa lógica, o novo elemento da tabela periódica, o "nihonium", foi adequadamente nomeado.
Por fim, uma observação genérica: há outros setores técnicos - a medicina, por exemplo - que desaconselham o uso de epônimos para criar novas denominações. Isso foi estabelecido para as denominações anatômicas, como definido pela Nomina Anatômica de Basileia, em 1895, mas amplia-se como recomendação geral para a designação de novas doenças. O motivo para a utilização de nomes descritivos está na maior facilidade de compreensão.
Não sei se na Química esse modo de procedimento para a descrição de elementos químicos seria simples. Mas uma coisa é certa: as maiores dificuldades e os maiores mistérios da química, para quem é leigo, não estão nos nomes dos elementos químicos.
Os quatro nomes dos novos elementos da tabela periódica
As novas palavras aceitas pela instituição são classificadas como "epônimos". O epônimo é um nome próprio usado para designar outro nome. Em português, usamos genericamente este termo, mas eu prefiro chamar os neologismos formados a partir dos nomes próprios de "deônimos", para marcar que se trata de palavras derivadas.
Apenas outra observação, não bem esclarecida no artigo: "Nihon" não é uma simples palavra de origem japonesa (de fato, apenas isso não a caracterizaria como deônimo), mas "Nihon" é o modo mais comum de pronunciar "Japão" em língua japonesa.
Isso abre uma outra questão interessante: o fato de muitos países possuírem um nome em língua local e outro ligado ao contexto histórico. Isso ocorre, por exemplo, com a denominação da Alemanha/Deutschland, e o fato está relacionado à expansão romana na Antiguidade. No caso do Japão, trata-se de uma referência presente no livro "As Viagens", de Marco Polo. Polo teria ouvido falar dessas terras (que ele não conheceu), transliterando o nome a partir do dialeto chinês local.
Convém lembrar que alguns terminologistas, hoje, defendem o uso dos nomes próprios conforme são reconhecidos na língua original. Seguindo essa lógica, o novo elemento da tabela periódica, o "nihonium", foi adequadamente nomeado.
Por fim, uma observação genérica: há outros setores técnicos - a medicina, por exemplo - que desaconselham o uso de epônimos para criar novas denominações. Isso foi estabelecido para as denominações anatômicas, como definido pela Nomina Anatômica de Basileia, em 1895, mas amplia-se como recomendação geral para a designação de novas doenças. O motivo para a utilização de nomes descritivos está na maior facilidade de compreensão.
Não sei se na Química esse modo de procedimento para a descrição de elementos químicos seria simples. Mas uma coisa é certa: as maiores dificuldades e os maiores mistérios da química, para quem é leigo, não estão nos nomes dos elementos químicos.
Os quatro nomes dos novos elementos da tabela periódica
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