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Mostrando postagens de maio, 2011

VASTO DESABAFO

Estas não são palavras minhas. São do mestre Jean. Aqui vão, deixando aos leitores a reflexão sobre o efeito daquilo que repassamos. São palavras quase anônimas, daí o valor que dou a elas. Machado de Assis não precisaria de um blog tão singelo para suas grandes palavras. Mestre Jean precisa, porque os leitores não vão encontrá-lo facilmente. ANDO MEIO VASTO Repassando Re passando Rep assando ando meio desinformado ando meio dez infetado ando meio incazzato ando com muito medo do nefasto vasto desabafo. jean do piaui

MAIS PALAVRAS EM VIA DE EXTINÇÃO

Nossa pesquisa continua. Datilografia, tédio, disquete, desertificação. Por que estão sumindo? Culpa da tecnologia apenas ou mudança de perspectiva? Na coluna dedicada encontram-se os termos por ordem alfabética e os nossos comentários.

O LINGUISTA E O ANTROPÓFAGO: UMA HISTÓRIA LEGAL

Como dizia meu pai, um platônico sem nunca ter lido o mestre grego, “o papel aceita tudo”. Platão, como se sabe, inventou a maiêutica (está certo, o termo não é dos mais coloquiais, mas o conceito é bastante simples: é um método pedagógico que através de perguntas e respostas sobre casos concretos conduz a uma conclusão sobre determinado tema – isso é que se pode chamar de síntese sumaríssima, perdoem-me os filósofos). Com essa tal maiêutica Platão dava mais peso ao poder do diálogo real, capaz de mudar opiniões, e menos à palavra escrita, que ele via com desconfiança por dar espaço a interpretações eventualmente afastadas das intenções do autor e não permitir a réplica ou a reformulação do conceito. Penso sempre no caro Platão quando observo tentativas de regular o uso da língua por vias legais: um texto jurídico poderá deter a força do uso de certas palavras? Se nem a gramática é sempre respeitada, se os acordos são contestados, se os escritores são os primeiros a agir com a sabedori

PALAVRAS EM VIA DE EXTINÇÃO

Qual é o ciclo vital de uma palavra? Termos ligados a nomenclaturas e a hábitos arraigados certamente estão destinados a uma vida longa, estratificando-se e produzindo expressões idiomáticas. Basta pensar no sentido figurado de nomes de animais, plantas, partes do corpo. As palavras que correm maior risco de desaparacer devem ser aquelas ligadas a fenômenos históricos específicos ou a técnicas sujeitas a transformação rápida. Dito isso, vamos às polêmicas: é possível proteger palavras ameaçadas de extinção? E a abolição de termos: é um fenômeno controlável? Quando é ético intervir no uso da língua, limitando o seu uso? Essas perguntas levantam um delicado problema, que vai além do “politicamente correto”. Toca aquela paixão nacional pelo controle legal da língua que usamos, e que começa no período colonial, com o Diretório de 1757, proibindo o uso da língua geral, na prática, a proibição das línguas indígenas. Alguém se espanta com o retorno periódico de iniciativas semelhantes para pr