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CENTÃO

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
A esperança tem duas filhas lindas,
a indignação e a coragem.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Não quero mudar você
Nem mostrar novos caminhos.
Quando criança
Me assoprou no ouvido um motorista
Que os bons não se curvam
Desconhecem as variantes
E o estilo numeroso
Dos pássaros que sabemos,
Estejam presos ou soltos;
Têm ritmo
- para que possas profundamente respirar.

Não aprofundes o teu tédio,
Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios.
Sentas-te à beira da noite
Para fazer este poema,
Este poema não é teu,
É da tinta e do papel.
Deixa-me apreciar minha loucura,
Importuna Razão, não me persigas.
Um mundo novo espera só um aceno...
À borda dos abismos silenciosos...
Crê no bem, ama a vida, sonha e espera.

Centão é uma composição feita com trechos de obras de outros autores. Os créditos do centão acima são de Antero de Quental, Antonio Cicero, Bocage, Fernando Pessoa, João Cabral de Melo Neto, Luís de Camões, Manuel Bandeira, Mario Quintana, Murilo Mendes, Olavo Bilac, Santo Agostinho, Vinicius de Moraes, Waly Salomão.
Casualmente estava lendo que 31 de dezembro é Dia da Esperança. Então que seja. O centão queria evidenciar, de fato, um sentimento de esperança no meio das contradições da realidade.
Feliz 2015 para todos.

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