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A LÍNGUA E O ESPÍRITO OLÍMPICO

Lealdade, união, confraternização, encontro. Os jogos olímpicos exaltam a paz e o lado positivo da competitividade. E a língua? Como se sabe, a língua pode ser um poderoso instrumento de controle. Nem sempre é veículo de democratização. Mas as olimpíadas da língua portugesa existem para a ajudar a difundir a sua importância. O que pode ser feito? Incentivar a leitura de forma sistemática e interdisciplinar, porque não se lê apenas nas aulas de português e não se lê somente literatura. Além disso, incentivar a escrita nas suas várias modalidades: técnica, criativa, divulgativa, persuasiva, poética etc. É hora de ler nas aulas de ciências, de biologia, de física e de estudar melhor os registros linguísticos desses setores. É hora de nós, professores de língua, acolhermos o desafio de falarmos sobre os mais diversos assuntos, darmos os passos necessários para uma interdisciplinaridade de fato. 
É preciso que este espírito prevaleça para que a língua seja cada vez mais um vetor relevante para os países lusófonos.Um vetor capaz de impulsionar a ampliação da base de falantes competentes da língua, falantes que compartilhem de forma eficaz o conhecimento nas suas áreas de atuação.
Como nas olímpiadas esportivas, é preciso lembrar cotidianamente que a língua é formada por várias especialidades e cada uma delas exige dedicação para atingirmos o melhor resultado. E então? Vamos unir as forças?

P.S. este texto deveria ter sido publicado durante o encerramento das Olimpíadas. Vê-se claramente que passamos por alguns contratempos técnicos. Com a chegada do outono, os problemas devem diminuir!

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