Fora da esfera técnica, ninguém mais usa o verbo rebobinar. Antigamente era costume: rebobinava-se o filme da máquina fotográfica para não perder as imagens na hora de mandar fazer a revelação. Rebobinava-se a fita de vídeo para não pagar multa na locadora. Rebobinava-se a fita cassete (com caneta Bic) para não perder tempo, enquanto se escutava a próxima fita no aparelho de som.
Ninguém mais rebobina. A gente clica, deleta, carrega, baixa, aperta o botão, escolhe o tipo de reprodução. Rebobinar dava aos sentidos da visão e da audição uma dimensão tátil mais intensa que a de hoje. Ou pelo menos mais circular.
Ninguém mais rebobina. A gente clica, deleta, carrega, baixa, aperta o botão, escolhe o tipo de reprodução. Rebobinar dava aos sentidos da visão e da audição uma dimensão tátil mais intensa que a de hoje. Ou pelo menos mais circular.
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