"Quase sem querer", diria Renato Russo, ou "sem querer querendo", por excessiva distração, por pouco cuidado e delicadeza, por ignorância ou por preguiça, perpetuamos no nosso repertório a utilização de palavras que marcam um período assinalado por preconceitos, dominação e exclusão. Essa não é uma defesa simplória do "politicamente correto", que é usado como arma de policiamento da linguagem, mas um convite a enquadrar termos que adquiriram um sentido novo, e depreciativo. Sou da opinião que colocar uma pedra sobre certas coisas não ajuda a superar realmente o problema, se não entendemos as causas de um fenômeno, estamos sujeitos a repetir os mesmos erros do passado, a repropor os mesmos esquemas semânticos com palavras novas. Por isso, partindo da ótima discussão surgida a partir do último texto "Caro Al...", gostaria de listar alguns vocábulos que podem passar em brancas nuvens, sem que o falante perceba o quanto possa estar sendo indelicado a...
Amor pela língua portuguesa