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PALAVRAS EM VIA DE EXTINÇÃO

Qual é o ciclo vital de uma palavra? Termos ligados a nomenclaturas e a hábitos arraigados certamente estão destinados a uma vida longa, estratificando-se e produzindo expressões idiomáticas. Basta pensar no sentido figurado de nomes de animais, plantas, partes do corpo. As palavras que correm maior risco de desaparacer devem ser aquelas ligadas a fenômenos históricos específicos ou a técnicas sujeitas a transformação rápida.
Dito isso, vamos às polêmicas: é possível proteger palavras ameaçadas de extinção? E a abolição de termos: é um fenômeno controlável? Quando é ético intervir no uso da língua, limitando o seu uso?
Essas perguntas levantam um delicado problema, que vai além do “politicamente correto”. Toca aquela paixão nacional pelo controle legal da língua que usamos, e que começa no período colonial, com o Diretório de 1757, proibindo o uso da língua geral, na prática, a proibição das línguas indígenas. Alguém se espanta com o retorno periódico de iniciativas semelhantes para proteger o português? É uma necessidade real ou o eco de uma mentalidade enraizada (e colonizada)?
Vox populi, vox Dei. Deixar o barco correr pode ser uma solução cômoda, mas é insuficiente. Basear-se no que o povo usa como parâmetro, pode ser um ponto de partida para a análise, mas não pode levar a uma conclusão. Ficamos, por enquanto, no ponto de partida, registrando algumas palavras para iniciar a reflexão. O critério usado é somente quantitativo, considerando os números de Google News, que indica a circulação de termos na mídia impressa. Incluímos algumas palavras com menos de 5000 resultados e naturalmente os nossos comentários pessoais. Consulte a coluna ao lado. Periodicamente prometo atualizações.

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