Lancei a pergunta no meu diário em uma rede social: "o que é uma salsicha vegana?" Recebi respostas sérias, irônicas, engraçadas, provocatórias. Uma das melhores respostas foi: é um oxímoro. Genial, porque é uma brincadeira, mas é uma verdade. O nome é realmente um oxímoro do ponto de vista semântico. Trata-se de uma expressão formada por conceitos incompatíveis: se é vegano não pode ser salsicha, se é salsicha não pode ser vegano. Portanto uma salsicha vegana, que incorpora termos excludentes, só pode ser um oxímoro, uma coisa quase poética, mas não é, porque salsicha não é um fogo que arde e não se vê, não é soneto. Salsicha não é uma série de coisas: a gente aprende isso na escola, quando estuda as bases da linguística estruturalista. Salsicha é uma coisa, de modo que exclui todas as outras. Portanto, salsicha não pode ser uma poesia e não pode ser uma abobrinha (outra resposta que evidencia jocosamente a problemática). E salsicha de frango, ainda é salsicha? Salsicha de ...
Amor pela língua portuguesa