A desmaterialização de documentos é um tema que vem sendo discutido há tempo, desde que o Poder Judiciário resolveu adotar o procedimento em alguns casos. Na prática, permite-se que em certas condições o documento físico seja destruído e conserve-se apenas a sua versão digitalizada. O tema voltou à discussão em junho deste ano, quando um projeto de lei passou no Senado e foi enviado para a Câmara. Como no caso do Judiciário, o projeto atual, que universaliza o procedimento de digitalização, apresenta cláusulas que deveriam proteger a memória, com redução de custos. De fato, a motivação do projeto está na diminuição das despesas de manutenção dos arquivos físicos. O problema é que as medidas de proteção, como a exigência de que o documento seja gravado em formato certificado e inalterável, são desmentidas pela volatilidade da tecnologia. Vou dar um exemplo do meu cotidiano: o formato PDF é considerado seguro e inalterável, podendo ser utilizado para o envio de documentação eletrônica ...
Amor pela língua portuguesa