A gente não precisa eliminar do dicionário palavras ofensivas, desagradáveis, discriminatórias. Não precisa. Não precisa ser politicamente correto para lavar a consciência, se a substância não muda. Ao contrário, é preciso compreender o quanto as palavras podem ferir e só por isso evitá-las. É preciso ter empatia, sentir o que dói no ouvido do outro para compreender os motivos pelos quais certas palavras não deveriam ser usadas, especialmente quando o uso não é utilizado com o preciso objetivo de ofender! Imagine, por exemplo, quando alguém com muita pena por uma perda devido a um desastre natural, digamos uma chuvarada que estraga a horta, exclama: "que judiaria!". A expressão "que judiaria!" é muito comum no Rio Grande do Sul. Vem da palavra "judeu", mas a maioria das pessoas não pensam nisso quando usam essa expressão em vez de dizer "que pena!" ou "sinto muito!". Dizem "que judiaria!" e se a pessoa comenta como isso é des...
Amor pela língua portuguesa