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Mostrando postagens de junho, 2015

CARA DE QUÊ?

"Aí, cara, como vai?" "Cara" nem sempre é o feminino de "caro" e sinônimo de "querido". "Cara" pode ser um nome genérico para indicar "pessoa", "amigo", "fulano". E, com muita frequência, "cara" é masculino. "Cara, você, sim, que é meu amigo!" "Você é o cara!" "Vi um cara estranho na rua." O Aurélio explica que "cara" vem do grego "kara", "cabeça". Os latinos usavam "caput" para indicar a extremidade do corpo: portanto, é claro que esse termo também deu origem a várias palavras em português. Vamos ver como evoluiu o nosso léxico, a partir de "caput" e "kara"? Palavras originadas de "caput" Cabeça - para entender como passamos de "caput" a "cabeça", primeiramente é preciso lembrar que as consoantes "p" e "b" alternam-se com frequência, porque são ...

A CULPA É DA LÍNGUA

Leio frequentemente desabafos de quem vê horrores ortográficos e associa às dificuldades linguísticas os sintomas de intrínsecas dificuldades profissionais: "se não sabe nem escrever, imagina que tipo de profissional pode ser", coisas assim. Isso porque é por meio da língua que comunicamos as nossas competências: e se não comunicamos bem, parece que não sabemos bem. Não é por acaso que a língua tem um peso considerável em concursos, independentemente da área para a qual o candidato propõe-se. Realmente, a língua é fundamental. Mas não é uma simples alavanca profissional, não é um simples meio. A língua é o nosso canal de contato com o mundo exterior: através da língua afirmamos quem somos (inclusive com nossos erros e limitações) e onde estamos na sociedade. O nosso sotaque individual é único, chama-se idioleto: o timbre, a cadência, a entoação, o ritmo que caracterizam a nossa voz são inconfundíveis. O estilo que usamos na escrita nos caracteriza, torna-se uma marca pessoa...